GP de Mônaco na F1: uma tradição ameaçada? 
 
O GP de Mônaco é uma das corridas mais icônicas e tradicionais da Fórmula 1. Por muitos anos, pode-se dizer que era uma das mais aguardadas da temporada. Contudo, a edição deste ano, realizada no último domingo (26), levantou questionamentos sobre o futuro desse prestigiado circuito. Pela primeira vez na história da F1, o top 10 de uma corrida terminou exatamente como começou, sem nenhuma alteração nas posições. Esse fato, aliado às críticas de pilotos e fãs, sugere que o GP de Mônaco pode estar enfrentando uma crise. 

 

Um circuito que não acompanha os carros modernos 

 
Dentre as principais críticas ao circuito, e que foi fator determinante para pouquíssimas ultrapassagens durante a corrida, é que os carros atuais da Fórmula 1 estão cada vez maiores para as ruas estreitas de Mônaco. O circuito de rua é famoso por suas curvas apertadas e falta de retas longas, o que torna as ultrapassagens quase impossíveis. Esse problema ficou evidente na corrida deste ano, onde a falta de manobras emocionantes transformou o evento em uma procissão monótona. 

 

Críticas dos pilotos 

 
O piloto britânico Lewis Hamilton não escondeu sua insatisfação, afirmando que a corrida foi “uma das mais chatas” em que participou. Alexander Albon foi ainda mais incisivo, classificando o ritmo lento dos pilotos como "irritante" e comparando a velocidade da corrida com um passeio de Vespa. Oscar Piastri também expressou seu descontentamento, mencionando que em alguns momentos os carros da F1 eram mais lentos que os da Fórmula 2, que também competiu em Mônaco no mesmo fim de semana. Para Logan Sargeant, companheiro de equipe do Albon, a corrida de domingo foi “entediante” 

 

Estratégias de Pit-Stop e bandeira vermelha 

 
Um dos poucos momentos de “emoção” na corrida, se é que podemos dizer assim, foi a bandeira vermelha logo no início devido ao acidente envolvendo Kevin Magnussen, Sergio Pérez e Nico Hülkenberg. A bandeira vermelha permitiu que muitos pilotos trocassem os pneus obrigatórios durante uma interrupção. Isso significou que eles poderiam manter o mesmo conjunto de pneus até o final da prova, desde que fosse administrado bem o desgaste. No entanto, essa estratégia tornou a corrida, em certos momentos, ainda mais lenta, contribuindo para a falta de dinamismo da corrida. 

 
Por algumas voltas, por exemplo, pode-se ver Carlos Sainz (3º lugar), se aproximando do Oscar Piastri (2º lugar) e desacelerando o ritmo para poupar os pneus e, consequentemente, não forçando uma ultrapassagem - já complicada devido às ruas estreitas. Esse conjunto de fatores culminou para um GP de Mônaco polêmico. 
 

O futuro do GP de Mônaco 

 
O GP de Mônaco sempre foi um evento prestigiado no calendário da Fórmula 1, mas a corrida deste ano suscitou mais críticas do que elogios. A falta de ação na pista e as instruções dos pilotos sobre o ritmo lento e a dificuldade de ultrapassagem levantam uma questão importante: será que o circuito de Mônaco ainda terá lugar na Fórmula 1? Com os carros cada vez maiores e as ruas de Mônaco permanecendo as mesmas, é possível que este evento tradicional esteja em risco. 

 

Para que Mônaco continue sendo um ponto alto no calendário da Fórmula 1, será necessário encontrar soluções que permitam mais ação e emoção na pista. 

 

 

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